domingo, 23 de agosto de 2009

A ESTRUTURA DOS ENCANTAMENTOS

São sete os passos na realização de um encantamento e estes não são regras, apenas o movimento natural da energia, se queremos um encantamento pleno de êxito. Em toda a magia de raiz deve ser sempre acrescentado a criatividade de quem a executa, pois é a criação, a chama da grande Feitiçaria de Raiz.
Primeiro a preparação, nada é mais lesivo a um feitiço do que pausas indesejáveis ou saídas do local para buscar algo que foi esquecido. Quando o rito começar que tudo esteja no ambiente do trabalho o mais organizado possível.
As preparações do magista e do ambiente também devem ser incluídas neste primeiro passo. E mesmo uma sintonia diferente da que ficamos no dia a dia é parte desta fase.
Algumas vezes um feitiço se faz necessário com urgência, portanto um bruxo anda sempre preparado para realizar o muito com o mínimo disponível.
O segundo passo é o transe, que nos traz à consciência tão necessária a magia, uma consciência ligada à consciência do Todo nos confere visão e habilidade para o trabalho. Uma boa música, um aroma agradável e muita respiração basta para atingir o transe e abrir para o terceiro passo que é o chamado da força.
Apenas luz não basta para que um encantamento seja bem sucedido é necessário força e esta deve ser pura para no ligar as forças dos elementos e do Universo. O chamado da força abre o portal e então com o portal aberto acontece o quarto passo que é a invocação dos elementos, mentores e Deuses que são chamados a fazer parte, o que transforma a magia em alta magia.
Depois de tornar sagrado o rito executamos o quinto passo que é o sortilégio, o ato de magia direcionado a um determinado fim. Pode ser um simples acender de uma vela a um complexo trabalho de vudu. Uma vez aberto o portal e consagrado o rito tudo adquire um poder além de nossas capacidades de compreensão.
O sexto passo é o fechamento do sortilégio que deve incluir gratidão e entrega dos resultados aos Deuses, ou seja, atendidos ou não nós honraremos as respostas louvando o sim ou o não, aceitando o sucesso do sortilégio ou os novos rumos que os fracassos sugerem. O sétimo passo é a celebração que equilibra as forças dentro de nós lembrando que num ato de magia as forças podem ser mil ou mais vezes mais fortes do que as habituais. Rir, comer algo de bom e beber uma água fresca ou suco além de muito chamego nos parceiros de magia é o modelo de celebração que considero o ideal na Bruxaria de Raiz.
O sétimo passo contém também um grande gesto de magia e deve ocorrer já no inicio da celebração. Este passo nada mais é do que o esquecimento do encantamento praticado até que este venha a trazer os seus resultados. Nada é mais nefasto para o sucesso da magia do que pensamento e considerações sobre o que se fez e a ansiedade que isso acaba provocando. Aquele que tem fé entrega de tal forma as suas questões aos Deuses que não passa a noite lembrando das ervas daninhas que de dia por suas mãos foram arrancadas. Ele sabe que fez a sua parte, o resto é destino...

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