Sem que a criatura se aceite na totalidade, aceite ao
outro e ao meio, a alma assume a característica de gerar e fomentar conflitos
interiores, é como a febre, a infecção, as dores que ocorrem quando o organismo
rejeita algo que na sua compreensão é nocivo.
No entanto caso existam tais manifestações convém
celebrar, isto prova que a sua alma está ali, rebelando-se, querendo restaurar
o movimento natural de grandeza que o espírito traz em si.
Quando ocorre uma aceitação verdadeira passamos a ser
criaturas autenticas que vivem ao invés de teorizar e sabem dizer sim e não
segundo o que dita as suas consciências. Nesta condição a alma pode se revelar.
Visualize a Mata, ande por entre as árvores e agora
olhe para o chão, observe que praticamente tudo o que está no chão, está em
decomposição, é à parte que em geral não se aceita de si mesmo. Agora olhe para
tudo ao redor, plantas, pássaros, borboletas...Enfim, do mais rudimentar verme
ao mais sofisticado mamífero, tudo é sustentado pela matéria que se decompõe no
chão da mata.
À parte que aceitamos em nossas vidas e a parte que
rejeitamos, na Magia são vistas como na Natureza, vitais. Do lodo nasce a flor
de lótus, está escrito.
Quando enfim aceitamos o todo essa luz se lança
sobre tudo elevando os dons e transformando aquilo o que antes rejeitávamos em
força criativa.